fbpx

Cães com medo de fogo de artifício: O que fazer?

2 minuto de leitura | Publicado em 28/12/2020

Passado o Natal, preparamo-nos para o próximo ano. Juntamente com as nossas expectativas positivas para o novo ano que está a chegar, é necessário, enquanto tutores de animais, termos atenção ao perigo dos fogos de artifício para cães.

caes-medo-fogo-artificio

Toda a gente sabe que existem cães com medo de fogos de artifício, no entanto pouca gente tem a noção dos riscos que os nossos animais estão expostos ao lidarem com situações como estas.  As consequências podem ser de pânico extremo, morte por ataque cardíaco, torção gástrica, automutilação, desorientação, fuga, tremor, ladrar excessivo, entre outras. O transtorno é tão intenso que perdem a referência por onde passam ficando propícios a afogamento (em casas com piscina), queda em precipício e atropelamento. Existem, inclusive, relatos de cães que saltam de janelas de apartamentos. Não fique admirado, isto é realmente algo que pode acontecer em cães com medo de fogos de artifícios se não tomarmos as devidas precauções. 

Para evitar os perigos nos cães com medo de fogos de artifício são necessárias ações preventivas a fim de reduzir total ou parcialmente o pânico. Ou, nos casos em que o medo já é existente e há pouco tempo para a solução, ações paliativas que irão evitar as consequências mais graves. Vejamos detalhadamente.

Ações preventivas em cães com medo de fogos de artifício

Classificamos como ações preventivas aquelas que podem ser feitas antes da fobia aparecer:

  1. Desde cachorro deve estimular o seu cão a ouvir barulhos diferentes em contextos diferentes, de modo a potenciar a estimulação nas mais variadas formas. Poderá ver todos os detalhes em nosso vídeo do YouTube sobre como estimular os nossos cães;
  2. No momento de algum barulho que lhe imponha medo, não deverá confortá-lo (abraçar, fazer mimos e proteger). Estas ações dizem-lhe que você também está com medo e que este barulho é digno de proteção;
  3. Sempre que houver algum barulho que lhe imponha medo, diga “boa!”, “muito bem!” e dê-lhe uma recompensa que poderá ser um snack ou brinquedo que ele adore. Assim irá fazer associação positiva ao barulho.

Ações paliativas em cães com medo de fogos de artifício

São ações paliativas aquelas que servem para amenizar os impactos negativos da fobia ou para tratar o problema já existente. Algumas destas ações também podem ser vistas como preventivas, uma vez que a intenção será criar associações positivas:

  1. Feche todas as portas e janelas da sua casa ou apartamento. Nos momentos de desespero a tendência é que o cão salte altamente desorientado para qualquer lado a fim de escapar da circunstância que lhe é imposta. Não pense que o seu apartamento é 100% seguro pois, independentemente da altura, o cão poderá ficar sem esta referência e dar um salto indesejado, com consequências drásticas e fatais;
  2. Identificar o sítio onde ele costuma se esconder e prepará-lo para que, no momento de desespero, o cão possa se acomodar até que acabe o barulho dos fogos de artifício;

  3.  Nunca deixe o cão no exterior como forma dele se sentir mais livre. Assim como indicado no nº. 1, ele poderá encontrar alguma forma de fugir;

  4. Retirar quaisquer objetos que possam ser derrubados ou partidos pelo cão em momento de desespero;

  5. Diga “boa!”, “muito bem!” e dê-lhe uma recompensa que poderá ser um snack ou brinquedo que ele adore. Assim irá fazer associação positiva ao barulho;

  6. Em alternativa ao número anterior, ignore o comportamento e não faça proteção. Deixe-o encontrar o sítio de segurança. Mas lembre-se que reforçar positivamente é importante para que o problema seja corrigido no futuro;

  7. Dar-lhe comida em quantidade inferior ou a dose recomendada horas antes dos fogos de artifício, de maneira de evitar problemas gástricos, como a torção no estômago.

Por fim, a administração de medicações relaxantes são uma alternativa recomendada apenas em última instância, se prescrita por médico veterinário e unicamente se já administrada na presença do tutor. Certas medicações podem ter o efeito contrário, potenciando a fobia, o desejo de fuga e a desorientação.

Tem dúvidas sobre este assunto? Tire as mesmas connosco, estamos sempre dispostos a ajudar.