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A importância da desparasitação externa

4 minutos de leitura | Publicado em 3 de Março de 2021

Os animais domésticos tornaram-se membros da família e, mais do que nunca, a desparasitação tornou-se num dos cuidados de saúde mais importantes na vida de um patudo. Para o bem-estar de todos, a desparasitação precisa “estar em dia” durante todo o ano e os meses da primavera e do outono requerem maior atenção. Compreenda a importância da desparasitação externa.

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Foto ShutterStock

Cães, gatos, humanos, amigos de humanos, amigos dos patudos, ninguém gosta de parasitas. Eles são muito irritantes e podem trazer muitas consequências para a saúde dos hospedeiros (ser vivo que apresenta parasitas). 

Chegados à altura da primavera, com ela vem a responsabilidade de garantirmos que os nossos animais estão preparados para enfrentar todos os parasitas que surgem em maior força nesta época.  Conheça alguns destes parasitas e algumas das consequências associadas a estes:

Pulgas

As pulgas são ectoparasitas e quando atingem a idade adulta são hematófogos. Ou seja, são insetos que vivem fora do corpo dos cães ou gatos e que na fase adulta se alimentam do sangue do seu hospedeiro. 

Após se alimentar, uma fémea pode colocar entre 300 a 400 ovos, que vão gerar larvas entre 2 a 16 dias depois. Por sua vez, as larvas demoram entre 12 a 30 dias até se tornarem em pupa – uma espécie de casulo. Após 7-10 dias, essa pupa irá transformar-se na pulga, que é a fase adulta. 

Uma pulga pode viver até 500 dias sem conseguir alimentar-se, e 125 dias sem alimento. A picada das pulgas, além do desconforto da comichão, pode causar doenças que colocam em risco a saúde dos animais. 

Problemas causados por pulgas

Uma das principais reações a pulgas é a DAPE (Dermatite Alérgiva à Picada de Ectoparasitas), uma doença alérgica muito comum em cães e gatos. Além disso, as pulgas podem também transmitir viroses, vermes e doenças causadas por bactérias, como é o caso da peste bubônica, tularemia e salmonelose. Se a infestação por pulgas for muito grande, o animal pode vir a sofrer de anemia, pelo que se torna extremamente importante a desparasitação externa.

Carraças

As carraças são pequenos aracnídeos ectoparasitas hematófogos, ou seja, são também parasitas externos que se alimentam do sangue do seu hospedeiro. O ciclo de vida da carraça divide-se em 4 fases: ovo, larva, ninfa e a carraça adulta. 

Uma carraça adulta pode colocar até 3 mil ovos de uma só vez e consegue viver vários meses sem alimentar-se, além de serem super resistentes no meio ambiente.

 

Foto ShutterStock

Doenças causadas por carraças

 As carraças são excelentes portadores de algumas doenças causadas por bactérias e protozoários, como é o caso da erliquiose e a babesiose, também conhecidas como febre da carraça.

A erliquiose é causada por uma bactéria e transmitida ao animal quando a carraça se alimenta do seu sangue. A bactéria causa alterações das células do sangue, podendo causar redução no número de plaquetas, bem como levar a anemia. Os sintomas mais comuns desta doença são sangramentos pelo nariz, olhos e pele. Pode também gerar perda de peso, febre, falta de apetite e cansaço. Apesar de ser mais comum nos cães, o número de Erquiliose felina tem aumentado nos últimos anos. 

A babesiose é causada por um protozoário (Babesia canis) que destrói os glóbulos vermelhos, levando à anemia. Como os glóbulos vermelhos são os responsáveis pelo transporte do oxigénio por todo o corpo do animal, a anemia severa pode vir a comprometer este transporte, resultando em cansaço, falta de ar e fraqueza. Os sintomas mais comuns desta doença incluem febre, perda de peso, falta de apetite, mucosas pálidas e, em casos mais graves,  problemas renais e de fígado. A babesiose ocorre tanto em cães como gatos.

Importa referir que a febre das carraças é também uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida aos humanos.

Flebótomos

Os flebótomos são insectos muito parecidos com os mosquitos, só que menores e de cor amarela clara. Atuam como transmissores da leishmaniose, uma doença crónica infecciosa causada pelo protozoário Leshmania infantum. 

Em Portugal, uma das espécies mais comuns é conhecida como melga. Devido às suas reduzidas dimensões são muitas vezes confundidos por mosquitos pela população, mas na verdade tratam-se de moscas. 

Estes insetos atuam com maior atividade ao anoitecer, em ambientes com temperaturas mínimas de 18º. Afinal, quem nunca matou umas quantas melgas antes de ir dormir? 

 

Principal doença causada pelos flebótomos

Tal como referido em cima, os flebótomos são transmissores da leishmaniose e a transmissão acontece quando o animal é picado pelo flebótomo fêmea, portador do parasita Leshmania infantum. Por sua vez, o parasita hospeda-se na medula óssea, nos gânglios linfáticos, no baço, no fígado e na pele. 

Os principais sintomas são febre, fraqueza, dor abdominal, vómito, diarreia, perda de peso, alteração no funcionamento renal, aumento dos órgãos viscerais, aumento dos gânglios linfáticos, dor nas articulações e lesões dermatológicas, como feridas perto dos olhos e nariz, queda de pelo e distrofia e aumento do tamanho das unhas.

A leishmaniose é uma doença que não tem cura. Pode ocorrer em cães, gatos e também humanos.

Importância de prevenir através da desparasitação

A desparasitação externa, tal como a interna, é a melhor forma de prevenção e manutenção da saúde dos patudos e da família. Tal como existe uma altura complicada para aqueles membros da família com alergias ao pólen, também esta fase é difícil para os nossos amigos de quatro patas. 

Para garantirmos que estamos a proporcionar uma qualidade de vida alta aos nossos cães e gatos temos de assegurar a eliminação dos parasitas. Até pode parecer algo insignificante, mas a importância da desparasitação externa prende-se a certos problemas de saúde associados a estes parasitas e, portanto,  aos desparasitar os nossos animais contribuímos para uma maior resistência e longevidade. 

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